quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Um Grande Investimento, Insuperável Retorno

Quando Empenho e Sacrifício Se Fazem Valer


Muito pode ser dito hoje, a cerca do investimento no mercado imobiliário. Certamente existem economistas e especialistas do ramo mais gabaritados do que eu para abordar o tema e apresentar fatos sobre o assunto. Eu só posso tentar demonstrar sobre como cheguei até a condição atual, quais dificuldades passei e qual o retorno do investimento que fiz.

Retorno: o que se espera de um investimento. Diferentemente de um investimento no mercado financeiro, quando se entra no cenário de um investimento imobiliário feito por uma família que visa aquilo como moradia, certamente não são apenas números e quantias que o compõem. Ainda que o retorno financeiro em se adquirir um imóvel seja visto como certo nos dias de hoje, para imensa maioria, o jogo não é tão simples e não se trata apenas de empregar bem o seu dinheiro, tendo segurança e certa garantia de que vai valer a pena.

No mercado financeiro, os adjetivos óbvio, seguro e garantido são quase sempre impronunciáveis. Não há um só investimento 100% seguro, com retorno garantido. É justamente o risco que faz com que existam retornos para alguma das partes, a insegurança e incerteza sempre beneficiarão algum dos lados pela aposta feita antes. Para mim, investir no mercado financeiro é como jogar um jogo de azar. Há muitas táticas, muitas formas, vários os jogos e as perspectivas de retorno. Sabidamente nenhuma garantia, controle e são poucas tendências a se considerar. Você analisa, aposta, aguarda e obtêm o resultado, seja na forma de prejuízo ou lucro.

Na vida pessoal não é diferente. O que diferencia um investimento pessoal de um puramente financeiro, é a forma de retorno, que quase sempre é bem mais complexa e porque não, completa no quesito pessoal. Dado que nem só de dinheiro vivemos e observado o fato de que estamos sempre tendo que fazer escolhas e apostas, podemos assumir que estamos todo tempo investindo, com os mais variados recursos que dispomos. Tempo, vida, saúde, dedicação, posturas, limitações, condições, sentimentos e fé, são algumas moedas daquilo que investimos ao longo de nossas vidas. Os retornos também são os mais variados, muitas vezes diretamente ligados com aquilo que foi investido e da mesma forma que no mercado financeiro, existem os retornos positivos e os negativos.

Quando decidimos por investir em uma casa, muita coisa estava em jogo. A aposta era grande, afinal não viemos de uma condição financeira que permitia um investimento forte que apresentasse melhores condições e uma porção maior de garantias. O fracasso e a falência seriam enormes derrotas, com consequências drásticas. Havia nosso bem-estar, nosso casamento, nossa vida em família, satisfação pessoal, perspectiva de futuro, uma série de coisas em jogo. Perder não era uma opção válida. Quando passamos a considerar então construir, a aposta se tornava muito mais cara e arriscada. Mas, da mesma forma de que no mercado financeiro, quanto maior o risco, maior o potencial retorno.

Tentei me agarrar nisso, tentei observar tudo aquilo que estava me pretendendo a enfrentar, como uma longa busca de um retorno que não pude observar em nenhum outro objeto de investimento que procurei, algo para qual tinha a função de moradia. Rodei o mercado, gastei sola do sapato, não limitei as "oportunidades", vi de um tudo e na minoria delas encontrei realmente alguma chance de retorno adequado. Somente em uma, praticamente a última casa que eu fui visitar, vi a possibilidade de um retorno a altura da pretensão do nosso investimento. Talvez alí, sobre todos os riscos, nós poderíamos fazer realmente valer todos os recursos que investiríamos (não só financeiros) e ter de volta tudo aquilo diretamente ligado, amplificado. Surgiu um local que poderia nos render qualidade de vida, alegria, sentimento de conquista e superação, valorização pessoal e um futuro sólido. Decidimos então apostar.

Aposta feita, não dá mais para voltar atrás. Se desistir, perde mais. Se for necessário, terá que aumentar a aposta. O retorno continua alí, discreto, improvável, mas possível. Passamos por isso confiantes de que valeria a pena, que logo mais poderíamos olhar para tudo aquilo e dizer: "foi por isso e para isso que lutamos, esse é o retorno que esperávamos". Só não sabíamos que isso poderia ser superado, que a grandiosidade do retorno poderia nos surpreender e tornar o investimento ainda mais válido e comprovadamente certo.

É o que essas imagens representam para nós agora, uma moeda valiosíssima em nosso nome, nos dando plenos direitos de nos sentirmos orgulhosos, satisfeitos e imensamente felizes. Endossando nossa certeza de que era sim isso que queríamos e que isso tudo tende a superar nossas ambições, fazendo de nosso investimento o melhor que poderia ter sido feito, sem nenhuma sombra de dúvidas.









Antes de investir, não será possível afirmar que é válido, certeiro. Somente quando vierem os resultados, é que parecerá óbvio que valia a pena e que era o melhor a ser feito. Ninguém vai conseguir te vender essa ideia, te garantir que acontecerá. Mas se vale de incentivo, não tem jeito melhor de descobrir-se bem aventurado em um investimento, do que depois de viver o risco da aposta, observar pessoalmente a evidência do sucesso. Invistam...perder tempo também é um investimento e esse sim, garantidamente fadado ao fracasso/desperdício.




2 comentários:

  1. Você dispõe de algum material sobre a questão da paginação das primeiras fiadas, e que nortearão todo o desenvolvimento das demais fiadas? Pelo que sei é necessário deixar uma pequena folga para eventual dilatação do tijolo, e isso faz com que à medida que cresce o número de tijolos assentados, aumente a distância originalmente esperada para instalar os tijolos.
    Grato, e parabéns pela realização.
    Dário Souza

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    1. Na verdade a única diretriz que tínhamos era o projeto. O projeto já vem com a modulação exata a ser seguida, sempre utilizando tijolos inteiros. Não nos preocupamos com essa questão de deixar espaço entre os tijolos e não vi implicações disso, agora depois de quase 1 ano de alvenaria feita. Acredito que se não se atentar para deixar as mesmas distâncias entre os tijolos, terá problemas de esquadro e prumo nos cantos.
      Como os tijolos que usamos encaixam a face superior com a inferior da fiada acima, através dos ressaltos que existem em volta dos vazados dos tijolos, não há muita liberdade para deslocar o tijolo e alguma folga já acaba naturalmente sendo deixada. Antes do rejunte, até é possível ver esses espaços contra a luz e acredito que são suficientes para essas dilatações que podem acontecer.

      Obrigado e um abraço.

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