domingo, 12 de abril de 2020

7!

7 Anos


7, o número místico em tantos campos como na Filosofia, Religião e Ciência, não poderia passar em branco a comemoração desse ano.

Emprestando da filosofia de Prudêncio, o 7 está presente na quantidade de virtudes humanas: Esperança, Fortaleza, Prudência, Amor, Justiça, Temperança e Fé. Vou aproveitar esse gancho para descrever minha sensação passados esses 7 anos desde o início das obras que nos levaram ao melhor lugar do mundo para estar agora: nossa casa.

Quando iniciei tudo isso tinha esperança de que valesse a pena todo o esforço de levantar uma casa como essa, usando de um método incomum, em um lugar inóspito. Exercitamos a fortaleza criando coragem para dar o primeiro passo e sair da inércia. Com prudência buscamos conhecimento, parceiros e pontos de apoio para essa jornada. Aos poucos adquirimos amor ao projeto, ao desafio e agarrados na daquela hipótese que precisava ser nossa verdade, porque confiávamos que suportando o longo tempo, sendo perseverantes e pacientes, conquistaríamos nosso lugar.

Claro que é fácil agora reconhecer o valor de tudo isso, tantos anos depois fizeram permanecer só as melhores lembranças e muita vivência gostosa de se ter um lugar como esse. Mas esse 12/04/2020 é bastante especial em tempos de uma pandemia que mudou/mudará toda nossa forma de ver o mundo daqui em diante.

Claro também que não foi só o tijolo que facilitou tudo isso, tivemos muitas outras oportunidades que permitiram construir uma casa acima da média e inserida em um contexto muito fértil. Mas é surpreendente e recompensante refletir o quanto tudo isso potencializou nossas vidas, o quanto essa decisão de 7 anos atrás se mostrou importante para elevar nossa qualidade de vida e nos fazer hoje muito privilegiados nesses tempos de isolamento social. E o tijolo foi o objeto central desse momento, foi a peça que materializou toda nossa esperança e que nos fez acreditar que tínhamos um bom plano, bons materiais e condições para executar.

O que gostaria de deixar de mensagem nesse momento é que de todas as formas possíveis para se construir algo, precisa existir alguma em que você acredite de fato, quando escolher construir. Para qualquer uma delas será necessário uma boa dose de pesquisa, conhecimento e perseverança, colocar esforços naquilo para garantir que está sendo eficaz. Se cercando de profissionais e materiais adequados, por mais tempo que isso possa levar, ao final tudo fará sentido. Todos os problemas serão se você encarar resolvê-los empregando todas as forças que você dispõem. Não importa qual o tamanho da sua construção, o tipo de acabamento ou preço do m². Não importa se você sabe assentar tijolos ou nunca sujou a mão de cimento.

Hoje parece tudo suntuoso. Não quero dizer que foi barato, mas partimos praticamente do zero, muito pouco dinheiro, muito financiamento e empréstimos, muita economia e esforço para realizar esse sonho. E a magia do tijolo é que esse sistema torna tudo tão mais racional e acessível que pode funcionar para seu sonho também, pode ser o empurrão que lhe falta para acreditar, botar a mão na massa e construir.

Fica aqui um pouco de como era, como ficou, para ilustrar e incentivar!

10/05/2015


10/05/2015



17/08/2013



10/02/2014



10/05/2015



03/05/2015


quinta-feira, 12 de abril de 2018

5 Anos!

Enfim ou É Fim?!


Muito simbólica essa data que tenho o costume não deixo passar em branco. Muito conveniente também para decretar: é fim das obras, casa terminada, finalmente posso parar de chamar de obra e passar a tirar proveito de tanto sofrimento e dedicação! \o/

Se exatos 5 anos atrás quando iniciamos as obras, alguém me contasse que somente lá no longínquo 2018 eu iria finalizar aquilo que acabará de começar, com certeza eu não teria dado sequência naquela ideia maluca. Se me contassem em detalhes tudo que eu iria passar, todas as dificuldades com dinheiro, todas as intensidades e desgastes, todo tempo consumido, absoluta certeza que eu nunca teria embarcado nessa.

Veja, isso não quer dizer que não valeu a pena. Mas só passa a valer a pena de verdade quando você de fato conclui e conquista seu objetivo. Até lá é um exercício de imaginação e esperança. Você imagina que vai valer a pena, projeta isso, supõem e assume como verdade para se manter motivado. Você espera que tudo irá acontecer dentro dos limites da sua imaginação (ou do tolerável) e que irá suportar até o fim. É uma aposta, não tem outro caminho, você precisa acreditar e perseverar, como já disse aqui várias vezes.

Nós perseveramos. Com muita determinação e foco, resistimos e chegamos ao final de uma batalha cansativa mas recompensante. É um orgulho enorme olhar para tudo aquilo que construímos, sobre todas as desconfianças, medos e dificuldades. Demorou, mas fomos além do planejado no passado. Os resultados obtidos também nos levam além do imaginado, ficou muito melhor do que nossos melhores sonhos.


06/10/2012

13/04/2018

Agora sim, enfim posso começar a tirar proveito de todo esse sonho iniciado em 06/10/2012 com a aquisição da casinha documentada em Iniciando os Trabalhos, todo o desgaste com planejamento que disparamos desde o momento em que percebemos que encarar o problema e dar uma solução definitiva era o melhor a ser feito. E foi feito, bravamente e insistentemente executado! Foram longos 60 meses na expectativa por esse dia, na angústia de se atingir todas as metas parciais e o objetivo final, no sofrimento por todas as dificuldades, receios e dúvidas que um sonho dessa envergadura suscita. Mas isso é passado, história e lições aprendidas. Agora tudo o que queremos é comemorar e aproveitar

Para fechar o tema metas parciais e objetivos, um panorama atualizado do que atacamos nesse interim:

Executado:

  • Terraplenagem - 03/11/2012 a 13/03/2013;
  • Compactação/Nivelamento do Terreno - 12 a 30/04/2013;
  • Fundação - 04 a 23/05/2013;
  • Primeira Fiada - 03 a 06/06/2013;
  • Hidráulica e Elétrica -13/05 a 28/06/2013 
  • Altura de Contra Verga (1,10 m) - 18/06/2013;
  • Altura de Verga (2,20 m) - 03/07/2013;
  • Fechamento de Vãos e Escoras - 05/07/2013;
  • Montagem da laje (treliças e lajotas) - 20/07/2013;
  • Respaldo, amarrações e preparação para concretagem da laje - 28/07/2013;
  • Concretagem da laje - 30/07/2013;
  • Oitões e colunas - 16/08/2013;
  • Reforma Casa "Antiga" (Mudança de Portas e Janelas) - 10/09/2013;
  • Telhado (Madeiramento OK) - 11/09/2013;
  • Telhado (Telhas) - 24/09/2013 ;
            (pausa)
  • Rejunte da alvenaria e Impermeabilização- 07/05/2014;
            (pausa)
  • Massa de Regularização - 28/10/2016;
  • Revestimento - 23/11/2016;
  • Gesso - 22/12/2016;
  • Canil - 10/01/2017;
            (pausa)
  • Colocação de Esquadrias - 13/03/2017;
            (pausa)
  • Grade - 28/10/2017;
           (pausa)
  • Elétrica - 02/12/2017;
  • Louças - 27/01/2018;
           (pausa)
  • Gramado - 03/03/2018;

Planejado/Pendente: 
(Porque ninguém vive sem metas)

  • Armários, móveis e interiores;
  • Iluminação;
  • Paisagismo;


Irei documentar cada etapa dos itens acima que ainda não foram compartilhados. Tem bastante material registrado em fotos e conteúdo interessante para demonstrar. Números, estatísticas e valores também estão em pauta. Sigo na busca do objetivo de tornar esse Blog completo!

Assim ficaram os panoramas em evolução:

(montar panoramas em evolução nos dois pontos de vista)




Nunca desistir, sempre acreditar, com foco e determinação, perseverar!


terça-feira, 10 de abril de 2018

Alvenaria e Telhado Final

Obras Finais


Fechar parêntesis. Depois de muitos anos construindo o que nós mais precisávamos era terminar, encerrar frentes de trabalho e buscar a finalização completa da obra. Para isso, haviam duas "construções" que envolviam elevar alvenarias e que estavam pendentes a muito tempo.

A primeira delas foi documentada lá em dezembro de 2016 nos posts Retomada! e Nova Velha Obra. Tratava-se de um canil/oficina que finalizamos no começo de 2017. Em paralelo atacamos a construção de pilares para a cobertura de uma nova varanda no fundo da casa.

Esse plano de fazer uma nova área coberta já era algo traçado desde o início da obra e veio de uma  ideia surgida "em pleno voo", como o surgimento do Mezanino (clique nos links para obter o histórico). Desse modo já tínhamos deixado algumas providências para executar o telhado e fechar a questão. O trabalho então seria elevar os pilares de sustentação e montar o madeiramento para receber as telhas. Com os trabalhos do revestimento também iniciados, era importante finalizar os pilares o quanto antes para não atrasar o acabamento.



Foram elevados dois pilares completos e uma fiada de tijolos, que aparece no canto esquerdo da foto, grampeados na parede já existente para fazer o apoio da viga de madeira. Assim ficaria mais discreto e menos ofensor de espaço e visão no caminho da porta que existe nesse canto. O serviço foi bastante rápido como é de se esperar e uma vez finalizado, abriu caminho para a cobertura.

Para a cobertura, como disse acima já tínhamos preparado uma facilidade desde o ano de 2013, quando deixamos essas barras roscadas já embutidas na alvenaria para fixar a futura prancha de sustentação do telhado, uma sacada e tanto!

Da época da cobertura da casa em 2013
Isso ficou lá esperando a cobertura por 4 anos, mas com certeza valeu a pena pensar e planejar previamente essa ideia, caso contrário seriam necessárias maiores intervenções na alvenaria. Por isso reforço uma ideia presente em todos meus posts: invista muito bem tempo e dinheiro no projeto, para pensar todas as possibilidades que deseja atacar e se preparar bem para a execução.

Também tenho um exemplo negativo onde isso não ocorreu muito bem. Para manter o mesmo padrão de vigas do restante do telhado e partindo da altura das barras roscadas, as janelas do mezanino precisaram ter o peitoril elevado, caso contrário ficariam abaixo da linha das telhas. Algo que se tivéssemos pensado melhor na época, poderia ter sido evitado. Se tivesse no projeto inicial, provavelmente não teria acontecido.



Resolvido isso, conseguimos atacar o trabalho de carpintaria:

Sr. Francisco abrindo caminho para mais um trabalho bem feito!

Vigas apoiadas

Madeira nova, levemente empenada
Precisaram ser trabalhas e travadas para melhor aparência

Até o ripamento e colocação das telhas
Quase lá...
E pronto! Eis mais uma área coberta que poderá ser utilizada como lazer


Da mesma forma, esse trabalho foi executado no Canil/Oficina:

Muita madeira...

Com o mesmo cuidado de travar as vigas sem empenamentos
Mantendo o padrão do impregnante/stain Ipê
Quase pronto!
Agora sim!

Dessa forma finalizamos por hora o conteúdo de novas alvenarias e telhado
Você pode conferir todas as postagens relacionadas ao tema, clicando nos marcadores na lateral direita do blog ou clicando aqui: http://www.tijolosolocimento.com.br/search/label/Telhado e aqui http://www.tijolosolocimento.com.br/search/label/Alvenaria


Seguiremos avançando em conteúdos represados até o marco da conclusão da obra. Acompanhem!



sábado, 31 de março de 2018

Resinando o Tijolo Ecológico - Resumo da Impermeabilização do Tijolo Ecológico com Resina Acrílica

Resumão da Resina


Eu fiz uma escolha anos atrás e acabei limitando minhas possibilidades. Escolhi usar resina acrílica para impermeabilização da alvenaria e fui fundo nas opções todas que tive a partir do momento que comecei resinar as paredes. Seria arriscado sair misturando materiais muito distintos sobre paredes já pintadas com resina acrílica.

Tudo isso está registrado aqui em posts assinalados pelo marcador Impermeabilizacao. Desse histórico tirei algumas pérolas:
"Se dinheiro não é problema ou a área a aplicar é pequena, vale a pena fazer um teste para verificar se há superioridade;" - sobre a resina pura.
"Essa saga não termina. Desde 11/2013 venho aplicando resina nas paredes " - desde quando venho nessa lida.

São mais de 5 anos resinando ativamente, pintando eu mesmo todas as alvenarias. Desde antes do rejunte como proteção inicial até sucessivas demãos mais recentes já em busca do aspecto final de acabamento. Usei algumas diferentes composições e fabricantes nessa linha de resinas acrílicas. Acabei que não percorri (ainda) o mesmo caminho com silicone líquido, verniz acrílico, polímeros ou outros hidrofugantes. Optei também sempre pela versão brilho dentre todas resinas que utilizei. Quase sempre existe a opção fosco ou semi-brilho, mas não tenho experiência sobre.

Nessa lida, usei desde as resinas a base d'agua até resina 100% pura, sem solvente. Testei também a pintura com base seladora previamente e direto a resina sem fundo de preparo. Usei resina concentrada e diluída com diluente específico. Usei da mais barata até a mais cara. Segui as instruções fielmente mas também experimentei outras formas de trabalho, atingindo bons resultados. Sofri com o preço da lata de 18 litros duplamente: uma pela quantidade de latas consumidas e outra pelo preço que só veio aumentando nesses anos todos.

Resinas base d'agua e solvente, mais acessíveis:


http://www.tijolosolocimento.com.br/2014/05/rejunte-finalizado-rejunte-3.html e  http://www.tijolosolocimento.com.br/2014/05/resina-pos-rejunte-resina-2.html. Para finalizar o comparativo, faltava realmente mais um tira-teima das resinas base d'agua e outra opção de resina base solvente, para tentar ser imparcial e abrangente. Faltava!

Parede pintada exclusivamente com resina Hydronorth

Resina base d'agua, o retorno:


Minha experiência inicial com a resina acrílica a base d'agua da Hydronorth não foi boa pelo aspecto visual. Eram as primeiras demãos da alvenaria, o que intensificava os resultados frustrantes: rendimento baixo e aspecto visual fraco. Eis então que já na fase final da obra, na impermeabilização da alvenaria nova do canil, o Edilson da Tizokez me trouxe uma resina desenvolvida especificamente para o tijolo solo-cimento. Era a tinta acrílica Acquatex da D&D, a base d'agua. Ela foi aplicada antes do rejunte e depois, em áreas que não haviam recebido qualquer pintura.

A diferença no aspecto visual é nítida, não fica devendo brilho para nenhuma resina a base de solvente. Tem a vantagem de um bom rendimento e apresenta boa capacidade hidrofugante. Foram apenas duas demãos e trago essas imagens para demonstrar o resultado:

Parede pintada exclusivamente com Acquatex


Alvenaria resinada com Acquatex

Minha palavra conclusiva sobre essa resina a base d'agua é de que se você procura alternativas além das base solvente, que sejam mais baratas e menos agressivas, essa resina foi a que trouxe melhor resultado. Também vejo essa opção em específico como a resina que menos altera a aparência natural do tijolo. Há um brilho, porém não altera tanto a cor do tijolo como outras. Não vejo mais tantos deméritos em uma resina acrílica a base d'agua como via antes, só pondero que elas necessariamente precisam ser mais baratas do que as base solvente, por uma questão óbvia fabril/insumos.

Resina pura, o sonho:


Porém desde o primeiro post lá atrás eu vinha namorando a resina pura da Viapol. Tinha a visão de que quanto mais pura fosse a resina, melhor seria a cobertura/eficiência. Dessa forma havia a chance de um maior rendimento e produtividade de cada demão que eu e eu mesmo aplicaríamos naquelas paredes.

Na prática isso se comprovou, felizmente. Embora seja importante considerar que resinar sobre paredes previamente resinadas seja menos ingrato e os resultados mais fáceis de serem obtidos, a resina tida como 100% pura Fuseprotec da Viapol fez bastante diferença no aspecto visual, resultando em brilho intenso e mais fácil percepção da pintura.

O grande diferencial tido nas resinas puras é a ausência do estireno, que é colocado como principal culpado pela degradação da pintura no sol (raios UV), principalmente. E como esse trabalho vem ocorrendo a vários anos, de fato pude evidenciar a perda da cobertura/impermeabilização em paredes que ficam mais expostas a chuva e sol. Em um total de 7 anos desde a aquisição, pude acompanhar tanto a degradação da pintura original da casa que data de 2010 até das pinturas que eu fiz no início dos trabalhos pós reforma. Reforcei minha visão que a cada 3 ou 4 anos no máximo, paredes mais expostas necessitam de repintura.

Recapitulando o trabalho todo, apliquei a primeira demão antes do rejunte em 2012/2013 e vim refazendo após o rejunte por motivo de renovação da proteção e também correção de problemas como sujeiras intensas como foi o caso da montagem dos forros de gesso, onde fizeram o "favor" de deixar as paredes lastimáveis - capítulo que merece ser contado a parte. Outro evento de sujeira e necessidade de impermeabilizar o quanto antes está aqui "Dica do Dia 17/02/2014".

Assim nessa toada, foram latas e latas de 18 litros que partiram inicialmente de R$ 170,00 até os preços mais recentes da resina pura que atingem R$ 430,00:

Um pouco da pilha de latas que construí em 5 anos

Gastei por volta de 30 latas, totalizando no mínimo R$ 9.000,00 para cobertura de mais de 600 m² de alvenaria em paredes. Há paredes em que já apliquei 5 ou 6 demãos, mas hoje creio ter atingido a aparência e percepção da impermeabilização ideal. A parede fica emborrachada nessa resina, fica melhor ao toque, o brilho é intenso e tem se mostrado mais resistente ao tempo/exposição a intempéries. Fato é que tenho que aguardar 3 ou 4 anos até uma próxima demão para comparar com a degradação que notei nas outras resinas, mas vejo meu investimento e trabalho melhor recompensado nos resultados obtidos com essa escolha da Viapol.

Parede onde foram aplicadas duas demãos de resina pura Fuseprotec

Primeira demão fresca - brilho intenso

Diferença clara entre uma porção resinada e a esquerda, sem resina
Em busca do brilho perfeito
E tome cobrir tudo!

E assim foi feito...
Brilho!
Assim dá gosto de trabalhar!
Seguimos pintando!

Segunda demão de resina pura

Bronzeamento artificial

E assim foram latas e latas...

O que é notável e necessário frisar sobre essa resina: ela definitivamente escurece o tijolo a cada demão. Escure mais do que qualquer outra opção que usei, mesmo na primeira demão. O emborrachamento é muito superior aos demais produtos, o tijolo fica mais suave ao toque e é notável a película de proteção. O rendimento é também bem superior a essa altura, com 4 ou 5 demãos mesmo que de vários fabricantes e produtos. A cada nova demão, o rendimento aumenta. Hoje uma lata dessa resina 100% acrílica Fuseprotec da Viapol rende bem mais do que todas as demais consumidas até aqui. Arrisco a área de 300 m² de alvenaria coberta com uma lata de 18 litros.

Se lá em 2013 custava R$ 280,00 uma lata da Fuseprotec, hoje varia entre R$ 400,00 e 430,00. Custa o dobro das resinas ou outras opções hidrofugantes ou hidrorepelentes do mercado. Porém a quantidade de latas necessárias para cobrir a mesma área, comprovam que o maior rendimento equipara ou pode até gerar economia na cobertura total das áreas. Acabei assumindo essa como um item mais caro do mercado, mas diferenciado e acima dos demais em rendimento, aparência e produtividade.

Agora tenho caprichado na cobertura das paredes externas que ficam bastante expostas ao sol e chuva, para poder medir de fato a durabilidade. De qualquer forma o experimentado até aqui já serve para uma boa visão a respeito de impermeabilização usando resinas acrílicas.

Resumo das experiências (revisando ou reafirmando resumos passados):


  • Resine o quanto antes. Uma vez construída a alvenaria, considere resinar. Além de ser mais prático resinar sem obstáculos e acabamentos, vai definitivamente impedir que sujeira qualquer manche as paredes e vai antecipar a impermeabilização básica que garantirá a boa aparência e  longevidade da alvenaria;
  • Resinar antes do rejunte: facilita e evita que a massa de rejunte manche a alvenaria. Imprescindível;
  • O trabalho de pintura é simples e pouco exigente. Um rolo de lã, um extensor para paredes mais altas, uma bandeja para umedecer o rolo e paciência. Começar com uma demão diluída facilita a cobertura total da alvenaria, incluindo os ressaltos e cantos. O ideal é não trabalhar com o rolo muito encharcado para evitar escorrimento.
  • Invista suficientemente na impermeabilização das alvenarias. O tijolo solo-cimento ou tijolo ecológico é bastante higroscópico, absorve bastante umidade por não ser cozido.  Isso independe se alvenaria a vista ou rebocada. Mudam-se os materiais empregados na impermeabilização, mas a obrigatoriedade se mantém. Impermeabilizar devidamente garante proteção e longevidade da construção;
  • Os materiais são variados e opções de acabamento variam diante da escolha de alvenaria a vista. Porém o mais importante dessa etapa é o poder hidrofugante e impermeabilizante, sem deixar de lado economia e praticidade. Recomendo fortemente comprar pequenas porções dos produtos disponíveis (resinas ou tinta acrílicas, polímeros ou silicone) para comparar rendimento e aparência ao seu gosto pessoal.
  • O gasto será proporcional a quantidade de alvenaria a se impermeabilizar. Na minha visão, não fica muito além dos gastos de uma pintura convencional, considerando massa corrida, fundo e pintura. Mas sim é definitivamente um ofensor à economia, considerando a opção de tijolo a vista, dado o baixo rendimento das demãos iniciais e alto custo da lata de resina ou equivalentes. Abordei o tema no post Opa, Cadê a Economia?!.

Se tem uma coisa que acaba fortalecida após essa longa caminhada de muitos anos desde aquisição, passando por obra, construção e reforma, é a construção de opiniões baseadas em experiência prática e observação ao longo do tempo. Longe de ser a última palavra, essa reflete um total de 7 anos de observação, acompanhamento e testes. Vira uma bagagem consolidada que pode auxiliar quem se depara despreparado ao assunto.


Qual é a sua experiência? Compartilhe! Conte abaixo nos comentários.



Se desejar navegar por todos os posts sobre o tema Impermeabilização, use os marcadores na lateral direita do Blog e encontrará o marcador: http://www.tijolosolocimento.com.br/search/label/Impermeabilizacao ;)





segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Feliz Natal!

É Ho Ho Ho que não acaba mais...


Querido Papai Noel, só quero que isso termine logo! rs É assim que começo a minha cartinha para o bom velhinho esse ano. Mas devo reconhecer, não está muito longe.

Como têm sido dias muito corridos, não consegui organizar o conteúdo detalhado dos avanços obtidos nos últimos meses, mas já tenho em mente uma série de conteúdos para compartilhar com vocês ao longo de 2018. Aguentem firme!

Deixo por enquanto o gracejo para que Papai Noel saiba onde pousar quando passar por aqui:

Aeroporto de trenó

E que o 2018 comece de casa nova! \o/

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Como foi a Oficina TERRAMAX de Construção Ecoeficiente com Tijolos Ecológicos!

Conhecimento Nunca é Demais...


Um dia magnífico, é como eu posso nomear a experiência que tive na oficina que a TERRAMAX nos proporcionou no dia 11/11/2017.

Em um ambiente bastante descontraído, repleto de pessoas interessantes e um público diversificado, fomos recebidos pela equipe da TERRAMAX para uma excelente oportunidade de debater e aprender mais sobre o método construtivo usando tijolos solo-cimento. Rapidamente a Silmara e o Ruston trataram de nos deixar a vontade para interagir, direcionar as dúvidas e inquietações sobre o tema, garantindo o ambiente propício à disseminação do conhecimento.

Ruston e Silmara apresentando o ciclo da cadeia de valor sustentável

O dia de trabalho foi divido entre períodos, tendo o primeiro abordado os conceitos teóricos e históricos sobre o tijolo solo-cimento e técnicas construtivas adotadas pelo homem. Nesse momento fomos conduzidos pelas motivações do homem ao estudar e desenvolver novos métodos construtivos, abordando desde a história de técnicas de estabilização do solo até aspectos importantes das cadeias de valor em torno de tecnologias sustentáveis, além da importância de sistemas mais inteligentes e menos agressivos à Natureza, para nossa sobrevivência econômica e vital. Após essa aula de história excelentemente conduzida pelo Ruston, passamos a receber informações teóricas sobre o método construtivo em si, tudo balizado por um excelente material ilustrado na cartilha que a TERRAMAX nos forneceu.

Cartilha fornecida pela TERRAMAX

No período da tarde passamos à mão na massa, construindo de fato um projeto de alvenaria completo. Precisamos então executar o sistema de construção para uma parede de alvenaria em "L", contendo pontos de hidráulica e elétrica e com todas as obrigações estruturais que temos em uma construção real. Esse momento é o grande diferencial da oficina que valoriza e ressalta a inteligência do sistema construtivo usando tijolos solo-cimento: pessoas que nunca tiveram contato ou experiência prática com construção se surpreendem com a praticidade e facilidade do método, construindo elas mesmos sem grandes dificuldades uma alvenaria completa.

Times divididos, ao trabalho!

Com bastante descontração e total disponibilidade, o Ruston e a Silmara fizeram com que essa experiência se tornasse leve e desafiadora, engajando todos a trabalharem em times, cada qual com uma cartilha de projeto bastante simples e eficaz para construção da alvenaria, apoiando-nos nas dúvidas, fornecendo sugestões e dicas para executarmos a tarefa prática. E assim o trabalho fluiu...

A todo momento tínhamos o suporte para tirar dúvidas e conhecer mais sobre a prática

Uma cartilha detalhava o projeto, informando a cada fiada as intervenções necessárias

Rapidamente os resultados apareceram

E logo as alvenarias foram ficando prontas

E assim fomos até o final, com hidraulica, elétrica e grouts executados!

Os times eram formados das mais variadas pessoas, desde profissionais da construção tradicional, consultores de qualidade do ramo da construção civil, estudantes, fornecedores e entusiastas, todos  bastante interessados em buscar maior conhecimento sobre esse sistema construtivo inovador e eficiente. Tenho plena convicção de que saímos todos satisfeitos e corretamente informados sobre o tijolo solo-cimento, cada qual com seu objetivo particular em participar dessa capacitação. A eficácia e praticidade do método proporciona isso, um dia de trabalho foi suficiente para capacitar a todos.

A diversidade das pessoas que buscam o tijolo solo-cimento mostra a força e a importância do sistema

O que ficou de mensagem para mim é que o tijolo solo-cimento ou tijolo ecológico é na verdade um componente de um sistema construtivo inteligente, que se mostra uma alternativa completamente viável e necessária para a cadeia da construção civil. Ficou claro também que dependemos altamente de soluções mais sustentáveis como essa para nossa vida em sociedade, poupando recursos finitos e reduzindo o impacto ambiental de nossas ações. Também fiquei certo de que existem pessoas bastante engajadas em fortalecer o sistema e construir um novo paradigma com o tijolo solo-cimento. Precisamos e devemos colaborar, incentivar, apoiar e nos unirmos com essas pessoas para que o sistema seja de fato bem divulgado, para que a informação e o conhecimento chegue até as pessoas, formando massa-crítica e o fomento necessário para acabar com o desconhecimento, quebrar preconceitos e tornar essas soluções inteligentes acessíveis a qualquer um.

Saí dessa oportunidade estasiado, bastante empolgado e motivado a participar dessa cadeia de valor apresentada pelo Ruston e sua equipe da TERRAMAX. É com certeza a continuidade natural de um trabalho que venho prestando aqui no Blog do Tijolo Solo-cimento e que pode vir a mudar profundamente a minha e a vida de muitas outras pessoas.

Obrigado a todos os presentes nesse dia inesquecível e espero poder continuar envolvido com gente interessante e parceira como vocês. Obrigado TERRAMAX por trabalhar arduamente pela divulgação do método e tornar possível a capacitação de pessoas que vão construir o amanhã. 


Até breve!